Núcleo Psol de Jardim Atlântico

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hospital municipal em Maricá está sem aparelhos para realizar exames


Mais uma vez moradores de Maricá, que precisam receber atendimento médico no Hospital Conde Modesto Leal e no posto de saúde reclamam da precariedade do atendimento na cidade. Além da demora para ser recebido por um médico, há problemas com falta de medicamentos, médicos e materiais. A queixa mais recente é a impossibilidade de fazer alguns exames.

Pacientes que precisam realizar endoscopia e colonoscopia estão sem previsão de atendimento, já que as duas máquinas estão quebradas há cerca de três meses. Uma funcionária informou que aqueles que estavam marcados não conseguiram atendimento e não há previsão de regularização.

A dona de casa Neiva dos Santos Mendonça, de 26 anos, chegou ao hospital com a filha de um ano com crise de sinusite e a menina não foi medicada.

“O médico disse que eles não têm como atendê-la, apenas me mandaram procurar a UPA. Não sei o que vou fazer, pois nem deram remédio a ela. Muitas vezes, prefiro ir para Niterói a vir aqui. Este hospital é uma droga”, desabafa.

Outra reclamação é a dificuldade para conseguir consulta com especialistas. A dona de casa Ocimar Pereira dos Santos, de 46 anos, conta que no dia 30 chegou à 1h30 no Centro de Diagnóstico para conseguir uma vaga para a mãe, que tem 78 anos.

“Muita gente que estava na fila não conseguiu marcar. Antes eram três oftalmologistas, mas agora só tem dois”.

As irmãs Maria José Rego, de 71 anos, e Dinair Ferreira Rego, de 60, estão há mais de dois meses tentando fazer um exame preventivo no posto de saúde e não conseguem. Segundo elas, a justificativa dos funcionários é a falta de material para realizar a avaliação médica.

“Fui até lá com consulta marcada por duas vezes e me mandaram voltar para casa devido à falta de material para realizar o preventivo. Está tudo errado na saúde de Maricá”, revolta-se Dinair.

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social do Rio de Janeiro (Sindisprev), Sebastião Souza, todos os problemas que de Maricá são causados pela falta de uma política pública.

“O que falta é uma política para a saúde pública. Dinheiro o governo municipal tem, mas não investe”, afirma.

A Secretaria Municipal de Saúde de Maricá afirma que os aparelhos de endoscopia e colonoscopia já foram encaminhados para conserto por meio de licitação, e deveriam ter retornado para a unidade hospitalar no último dia 7. Houve um atraso e, devido ao feriado, a previsão é de que só depois do dia 12 os aparelhos sejam entregues e o atendimento de exames normalizado.

Sobre a falta de médicos, disse que está convocando todos os médicos que prestaram concurso em 2007.

Fonte: Jornal O Fluminense

Previstas inicialmente para terminarem este mês, segundo o DER, obras atrasaram devido ao difícil acesso ao local

As obras de contenção na Pedra de Itaocaia, em Maricá, devem ser concluídas em meados de dezembro, de acordo com a assessoria de imprensa do Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Previstas inicialmente para terminarem este mês, segundo o órgão, as obras atrasaram devido ao difícil acesso ao local.
A obra de contenção emergencial foi orçada em R$ 4,2 milhões e deve recuperar a estrada e a encosta. Mas, para quem vivia no local, a situação ainda é complicada.
Em agosto do ano passado, um deslocamento de placa da Pedra de Itaocaia provocou uma avalanche de terra e rochas sobre área habitada às margens da Estrada de Itaipuaçu, na altura do km 6.

Artigo Ivan Valente: “O futuro passa pela América Latina”

Rumos para a construção de uma sociedade socialista

Os povos da América Latina tiveram várias vitórias contra o neoliberalismo nos últimos anos. Mas ainda faltam estratégias consistentes para o futuro, para construir de fato uma sociedade de cunho socialista. Tais estratégias nascerão das lutas cotidianas e a disputa eleitoral tem um papel importante nesse quadro.

Vivemos uma situação curiosa. Há poucos meses enfrentamos manifestações claras da mais séria crise capitalista desde a Grande Depressão (1929-1939). Ela foi séria não apenas pelo montante de ativos e riquezas que evaporaram em um curto espaço de tempo, mas pelo fato de ter atingido em cheio o centro do sistema capitalista.

Diferentemente dos cataclismos dos anos 1990, que afetaram México, Tailândia, Rússia, Brasil e Argentina – a periferia – desta vez foi a economia dos Estados Unidos o epicentro das turbulências. A quebra de grandes bancos e empresas financeiras, no rastro da crise hipotecária mostrou os limites dó livre mercado como organizador social. Tudo aquilo que a pretensa boa ciência alardeava como virtudes incontestáveis da vida econômica, ruiu por terra.

Como todos sabem, a solução foi apelar para o socorro providencial do bom e velho Estado, através de estatizações, linhas de crédito, alterações legais e favorecimentos vários para salvar as empresas dos grandes capitalistas. Logo o Estado que, nas décadas anteriores, era tido como raiz de todos os males do mundo, matriz de ineficiência e de empreguismo. A AIG, sozinha, por exemplo, recebeu 160 bilhões de dólares do socorro dos governos. Aqui no Brasil, as montadoras ganharam 8 bilhões de Serra e Lula, e depois enviaram 12 bilhões para suas matrizes no exterior na forma de remessa de lucros.

Mas uma reflexão a mais deve ser feita nesses momentos em que a crise deu uma refluída: por que nós, da esquerda, não conseguimos produzir uma teoria alternativa ou mesmo um conjunto de reformas progressivas que não apenas minimizassem os estragos na área econômica mas também apontassem uma mudança de rumos na construção de uma sociedade diferente, de cunho socialista?

Ivan Valente é deputado federal pelo Psol/SP

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Resolução da Executiva Nacional do PSOL, reunida em 15/10/2010.


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) mereceu a confiança de mais de um milhão de brasileiros que votaram nas eleições de 2010. Nossa aguerrida militância foi decisiva ao defender nossas propostas para o país e sobre ela assentou-se um vitorioso resultado.

Sentimos-nos honrados por termos tido Plínio de Arruda Sampaio e Hamilton Assis como candidatos à presidência da República e a vice, que de forma digna foram porta vozes de nosso projeto de transformações sociais para o Brasil. Comemoramos a eleição de três deputados federais (Ivan Valente/SP, Chico Alencar/RJ e Jean Wyllys/RJ), quatro deputados estaduais (Marcelo Freixo/RJ, Janira Rocha/RJ, Carlos Giannazi/SP e Edmilson Rodrigues/PA) e dois senadores (Randolfe Rodrigues/AP e Marinor Brito/PA). Lamentamos a não eleição de Heloísa Helena para o Senado em Alagoas e a não reeleição de nossa deputada federal Luciana Genro no Rio Grande do Sul, bem como do companheiro Raul Marcelo, atual deputado estadual do PSOL em São Paulo.

Em 2010 quis o povo novamente um segundo turno entre PSDB e PT. Nossa posição de independência não apoiando nenhuma das duas candidaturas está fundamentada no fato de que não há por parte destas nenhum compromisso com pontos programáticos defendidos pelo PSOL. Sendo assim, independentemente de quem seja o próximo governo, seremos oposição de esquerda e programática, defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, contra a revisão do código florestal, defesa dos direitos humanos segundo os pressupostos do PNDH3, reforma agrária e urbana ecológica e ampla reforma política – fim do financiamento privado e em favor do financiamento público exclusivo, como forma de combater a corrupção na política.

No entanto, o PSOL se preocupa com a crescente pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de interesse do país. Por outro lado, esta pauta leva a candidatura de Dilma a assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de seu programa de governo e reagindo dentro do campo de idéias conservadoras e não contra ele. Para o PSOL, a única forma de combatermos o retrocesso é nos mantermos firmes na defesa de bandeiras que elevem a consciência de nosso povo e o nível do debate político na sociedade brasileira.

As eleições de 2002, ao conferir vitória a Lula, traziam nas urnas um recado do povo em favor de mudanças profundas. Hoje é sabido que Lula não o honrou, não cumpriu suas promessas de campanha e governou para os banqueiros, em aliança com oligarquias reacionárias como Sarney, Collor e Renan Calheiros. Mas aquele sentimento popular por mudanças de 2002 era também o de rejeição às políticas neoliberais com suas conseqüentes privatizações, criminalização dos movimentos sociais – que continuou no governo Lula -, revogação de direitos trabalhistas e sociais.

Por isso, o PSOL reafirma seu compromisso com as reivindicações dos movimentos sociais e as necessidades do povo brasileiro. Somos um partido independente e faremos oposição programática a quem quer que vença. Neste segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando unitariamente “NENHUM VOTO EM SERRA”, por considerarmos que ele representa o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais. Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto nulo/branco. O mais importante, portanto, é nos prepararmos para as lutas que virão no próximo período para defender os direitos dos trabalhadores e do povo oprimido do nosso País.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ministério da educação gasta dois bilhões, mas não alfabetiza

O faxineiro Edvaldo Félix Bezerra limpa banheiros no setor de transporte e garagem da Câmara dos Deputados. Entra às 7h e começa o dia sujando o polegar de tinta. Aos 53 anos, Edvaldo é analfabeto e preenche a folha de ponto com a impressão digital. Principal meta do Ministério da Educação (MEC) no início do governo Lula, a erradicação do analfabetismo está longe de virar realidade. Em seu oitavo ano, o programa Brasil Alfabetizado já gastou R$ 2 bilhões, em valores atualizados, e matriculou milhões de jovens e adultos. Mas o índice de iletrados, na faixa de 15 anos ou mais, caiu menos de dois pontos percentuais: de 11,6%, em 2003, para 9,7%, em 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. (Leia também: Brasil tem 14,1 milhões de analfabetos, aponta IBGE )O número absoluto de analfabetos está na casa de 14 milhões desde 2006, segundo a Pnad. No ano passado, eram 14,1 milhões. Até o fim de 2010, o Brasil Alfabetizado deverá atingir a marca de 14 milhões de matrículas, considerando-se a quantidade de alunos atendidos a cada ano. Em 2010, a previsão é atingir 2,2 milhões de jovens e adultos. A maioria das turmas, porém, só começará nos próximos meses, avançando sobre 2011.Coincidentemente, o total de vagas oferecidas pelo Brasil Alfabetizado (14 milhões) está perto de igualar o número absoluto de iletrados. Ou seja, pode-se afirmar que o programa do MEC criou condições de atender um número equivalente ao de jovens e adultos analfabetos no país. Os dados da Pnad sugerem, porém, que a iniciativa não surtiu o efeito desejado.

Psol tem votação expressiva em Maricá


Nas eleições de 2010, o Partido Socialismo e Liberdade,obteve um crescimento significativo de votos na cidade de Maricá.
Para presidente, o candidato do Psol, Plínio Sampaio, teve 857 votos (1,57%). Ao governo do estado, Jefferson Moura obteve 790 votos (1,52%) e para o senado Milton Temer teve a expressiva votação de 3.193(3,29%).
Contudo as maiores votações do Psol na cidade foram para deputado federal e estadual.
Para federal o partido obteve 2.300(4,31%) do município,onde o reeleito deputado federal Chico Alencar teve 1.374(2,58%).
Já para a votação em deputados estaduais o partido teve1.357 (2,46%), sendo que o deputado estadual reeleito Marcelo Freive obteve 954(1,73%).
Tais resultados dão a certeza de que o partido está no caminho certo em nossa cidade e está se consolidando como um verdadeira alternativa contra a velha política.

Plínio do PSOL envia mensagem à militância