O imediato é denunciar: 1 – que o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) enviou para a gráfica a matriz da folha de respostas com o cabeçalho invertido; 2 – que 21 mil cadernos de provas tinham questões a menos ou duplicadas; 3 – que não houve conferência prévia do que foi impresso, para detectar esses erros primários antes do início do exame; 4 – que havia, nas 90 questões, erros como afirmar que a “abertura dos portos”, decretada por D. João assim que chegou com a Corte Portuguesa ao Brasil, ocorreu “em 1810”; 5 – que a extensão dos enunciados e da prova como um todo é antipedagógica, uma verdadeira “maratona”, uma “corrida de obstáculos contra o relógio”.
O urgente, e que tem a ver com um processo educacional democrático, é ouvir os próprios 3 milhões e 400 mil estudantes submetidos a este provão. É bom ter a avaliação deles sobre essa avaliação! É lição de autocrítica face a tanto desmazelo, e necessidade pedagógica, a realização de uma auditoria sobre todo o processo do ENEM, através de uma comissão independente, compromissada com o ensino público e de qualidade.
O PSOL cobra isso das autoridades: respeito pelos educadores e estudantes do Ensino Médio do Brasil.
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